Uma rapariga católica chamada Alice quer ser sexy e brincalhona, mas a sua fé impede-a sempre. Antes que se aperceba, um dia na aula, terá a oportunidade de mostrar o seu lado selvagem ao mundo inteiro. (Homens+/Mulheres, exposições, festas de sexo)
Alice era uma boa rapariga católica, pelo menos em todos os aspetos que importavam. Vai à igreja regularmente. Ele acredita em Deus. Levou a sério os ensinamentos da Igreja sobre uma variedade de questões, como o aborto, a guerra justa, o casamento e o divórcio.
Uma coisa com que ele se debate é com o sexo.
Não que ele seja selvagem ou algo do género. A sua experiência é limitada. É uma beldade de cabelos escuros de 26 anos, com uma voz doce e sedutora e um corpo arrasador, pele pálida e brilhante, pernas longas por dias, curvas e proporções perfeitas. Todos os homens se sentem atraídos por ela.
Na verdade, várias raparigas aproximaram-se dele. No entanto, conteve-se. Ele não queria brincar. Ele quer seguir a sua religião. Ele rejeita o sexo e a sexualidade. O sexo deixa-o seguro, mas também o deixa solitário.
E aqui está a dificuldade. Sem uma vida sexual saudável, Alice quer experimentar coisas ousadas. As suas fantasias são ricas e abundantes. Adora chamar a atenção dos homens enquanto usa um vestido sexy com os seus longos cabelos apanhados numa trança e sandálias de salto alto de plástico transparente adornam os seus pés macios. Ela corava e rejeitava todos os avanços, embora secretamente não quisesse mais do que foder toda a gente na sala. O fosso entre viver a sua fé e o seu mundo de fantasia deixou-o louco.
O único rapaz que parecia não lhe prestar muita atenção era o Jay. Era um homem alto e desajeitado, de vinte e poucos anos, que se sentava à sua frente num dos pequenos seminários a que ela frequentava à noite. Está a frequentar uma pós-graduação, na esperança de obter um doutoramento em filosofia. Numa turma pequena, numa sala pequena, com um assunto quase incompreensível, a maioria dos homens tendia a deixar os olhos pousar em Alice.
Ele não se importou. Na verdade, ela guarda propositadamente a sua roupa mais sexy da semana para as noites em que tem aulas. Até o professor assistente que dava a aula, um homem de trinta e poucos anos, perdia muitas vezes o controlo da conversa depois de olhar para Alice.
Jay, porém, manteve-se sempre focado na conversa do dia. Não fala muito nas aulas, mas quando fala percebe-se que está a pensar em filosofia, e não em Alice. Quando Alice tenta chamar a atenção de Jay, este desvia o olhar. Isso deixa-o louco. Estava determinado a chamar a atenção de Jay de alguma forma.
O dia perfeito chega no final de outubro, quando o ar frio entra pela primeira vez. Nesse dia, a Alice descobriu que a professora estava a planear retirar as carteiras da sala onde todos se sentavam para as aulas e substituí-las por um espaço aberto onde todos os alunos se sentariam frente a frente. Alice usou um vestido curto preto de algodão, completamente desadequado para a estação, e fez questão de se sentar mesmo à frente de Jay.
Quando tirou o casaco comprido e revelou o vestido, expondo as pernas, decotadas para que a parte superior dos seios fosse visível para todos, quase se ouvia um suspiro alto dos homens na sala. E pareceu a Alice que as mulheres também olhavam, envergonhadas, mas incapazes de se conter. A Alice precisa mesmo de morrer.
Claro que Jay apenas olhou para o professor que estava a fazer o seu melhor para iniciar uma discussão. À medida que a turma começou a acalmar, Alice começou a tentar parecer o mais sedutora possível. Cruzou e esticou as pernas lentamente várias vezes. Ela moveu a cabeça para a frente e para trás, atirando o cabelo de um lado para o outro. Ele lambeu os lábios. Pendurou as sandálias na ponta dos pés. Nada chamou a atenção de Jay.
Alice escreveu as palavras “Quero-te – Alice” num pedaço de papel de caderno, dobrou-o e pediu à rapariga que estava ao seu lado em círculo que o passasse até chegar a Jay. Quando Jay finalmente o recebeu, abriu-o, olhou para ele durante dois segundos e depois colocou-o de lado, voltando a sua ansiosa atenção para a aula. Ele nem sequer olhou para ela.
“O que achas, Alice?” – disse o professor, interrompendo os pensamentos de Alice. “Está muito quieto esta noite. O que acha?”
Alice não sabia qual era o tema da conversa. Sentiu-se envergonhado por um momento. Até que se apercebeu, pela primeira vez, que a atenção de Jay estava focada nele. Jay olhou para ele, esperando para ouvir que coisa interessante iria acrescentar à conversa.
Alice pensa na sua educação católica. Pensou em todas as coisas que sempre negou e em todas as coisas com que sempre fantasiou. Naquele momento, nada mais importava, a não ser o quanto queria que Jay reparasse nele, que se interessasse por ele.